MIJAM POR NÓS E DIM QUE CHOVE
Esta invasão de projetos energéticos que pretendem implantar na Galiza basea-se num modelo desenhado a medida das grandes companhias elétricas e da especulação financeira, entrando no jogo empresas oportunistas que nada tinham a ver até agora com a energia eólica.
A Energia como negócio
Esta invasão de projetos energéticos que pretendem implantar na Galiza basea-se num modelo desenhado a medida das grandes companhias elétricas e da especulação financeira, entrando no jogo empresas oportunistas que nada tinham a ver até agora com a energia eólica. (Em Mallorca não há nenhum parque eólico, mas há 190 empresas vinculadas com o setor).
A meirande parte dos 140.000 milhões de euros dos fundos europeios Next Generation serão entregues às empresas energéticas para ampliarem o seu negócio.
Por riba, as políticas do PP e do PSOE, desenharam no Estado, em cumplicidade com as companhias transnacionais do setor, um sistema elétrico libertado que favorece a fraude, a especulação e a espoliação do erário público. Produzindo-se uma gestão da energia opaca, antidemocrática, ineficiente e insustentável.
Fomenta-se a produção desproporcionada de Energia eólica como negócio especulativo das grandes corporações em vez de ser um serviço para a população, que garanta o acesso universal ao subministro elétrico e que seja gerido por organismos públicos para satisfazer as demandas do país, para atingir a soberania energética.
A mudança climática como escusa
As mesmas companhias que se lucravam com as centrais térmicas contaminando gravemente a atmosfera, justificam agora os seus investimentos com a luita contra a mudança climática e a descarbonização.
Invasão de projetos
Na Galiza há mais eólicos instalados que na metade do Estado. Pretendem sacrificar Galiza para outros lugares, onde existe uma grande demanda energética, ficarem sem tocar. Quando o lógico é a energia ser produzida perto de onde se consome.
Galiza está no quarto lugar dentro do estado em produção de energia renovável. Polo contrário, as comunidades que mais consomem estão à cola em produção de energia elétrica. Madrid, por exemplo, está de penúltima, só diante de Ceuta e depois de Melilla. Por este caminho mais do 25% da Energia produzida na Galiza irá cara fora, estando o 98% desta produção em mãos privadas.
Em 2019 havia 180 parques funcionando. O objetivo para o decénio 2020-2030 é de instalar mais do duplo da potência instalada até de agora.
O consumo da Galiza está satisfeito só com a energia renovável produzida hoje em dia.
Dimensão das novas estruturas
Os novos parques projetados são de dimensões muito maiores do que os existentes até agora, o que agrava todos os impactos. Por exemplo, na Grova projetaram-se moinhos com pás de 81,5 m. de longitude, que fazem um diâmetro de giro de 163 m., com um mastro de 148 m. e que dão uma altura total de 229,5 m. Tendo em conta que a altura dos pilares da ponte de Rande são 128 m. estes moinhos seriam quase o duplo em altura, ou tomando como referência a catedral de Compostela que tem 75 m. de alto, estes moinhos seriam mais de tres vezes essa altura. Há moinhos projetados ainda maiores que chegam aos 248 m.
Projetos associados aos parques eólicos
Aparescem projetos de grande impacto como o da central hidroelétrica no alto da Grova a bombear água do mar com os excedentes de energia dos parques. Para este projeto seria preciso fazer uma barragem de 400.000 m2 de superfície.
Alguns projetos, como também na Grova, incluem uma fábrica de betão de 10.000 m2 no alto da serra.
Incumprimentos da legalidade
A Xunta permite o incumprimento da Lei, aceitando projetos de parques eólicos fracionados de jeito fraudulento. O Tribunal Supremo fez firme uma sentença do Tribunal Superior de Xustiza de Galicia onde recolhe a existência de numerosos exemplos de fragmentação fraudulenta de projetos de energia eólica na Galiza.
As subestações tramitam-se por separado quando são indispensáveis para a evacuação, o que também é fracionar.
A Xunta autoriza parques eólicos que a justiça declara ilegais.
Impactos nas economias locais
O desenvolvimento da eólica marinha vai restringir a atividade pesqueira.
Também se vão ver afetadas o 11,5 % das terras de cultivo e muita superfície florestal. O 19,2% de superfície dos Montes Vizinhais em Mão Comum ficariam dentro de polígonos industriais
Impactos sobre a Rede Natura
As Áreas de Desenvolvimento Eólico ocupam 107.000 Ha da Rede Natura. Esta planificação energética fai inviável qualquer ampliação da mesma.
De levar-se a cabo este desenvolvimento eólico levaria por diante os recursos patrimoniais e paisagísticos do contorno duma moreia de espaços naturais da Rede Natura.
Impacto paisagístico
A instalação de parques eólicos, tanto terrestres como marinhos tem um grande impacto paisagístico, tanto polos parques em si, como polas subestações elétricas, as redes de evacuação da energia ou as amplas pistas para poderem subir os grandes camiões com os componentes dos moinhos.
O impacto visual dum parque eólico chega a uns quinze quilómetros, à redonda.
Na Xunta reduzem ao ridículo o ordenamento e a proteção paisagística.
Impactos sobre o solo
A construção de parques eólicos provoca grandes agressões irreversíveis ao meio natural como são a realização de grandes esplanadas (necessitam-se 6.500 m2 de superfície para montar um só gerador, como referência a Praça do Obradoiro tem 6.200 m2), enormes alicerces de ferro e betão onde ancorar os moinhos, voluminosos movimentos de terra, para acondicionamento de pistas e construção de novas vias, construção de subestações e casotas de controlo e desenvolvimento e reforço da rede elétrica com novos traçados.
Amiúde produzem-se derramamentos dos óleos lubrificantes necessários para a manutenção dos aerogeradores, provocando a contaminação do solo.
Impactos sobre o património cultural
Produzem-se graves danos sobre o património cultural, histórico e arqueológico. Este impacto ocasiona-se principalmente durante a fase das obras, deteriorando ou destruindo jazidas arqueológicas de grande valor.
Impactos sobre a qualidade de vida da população próxima
O efeito sombra intermitente provocado polas pás em movimento, os clarões e reflexos provocados pola incidência da luz solar sobre os moinhos, o ruído produzido tanto polo fluxo do vento sobre as pás como o devido aos motores e ventiladores de refrigeração, que persiste incluso quando as turbinas estão paradas, provocam efeitos muito molestos para a população dos arredores.
Também as obras necessárias para a execução das instalações dos parques e os seus acessos ocasionam moléstias sobre os lugares mais próximos, polo trânsito excessivo de veículos e de maquinária pesada, detonações, cortes viais, etc.
Os campos eletromagnéticos associados aos parques eólicos têm potenciais efeitos nocivos sobre as pessoas próximas.
Impactos sobre a fauna
As aves e os morcegos constituem a fauna que mais intensamente se ve afetada, tanto pola existência e funcionamento dos aerogeradores como polas redes elétricas anexas.
O meirande impacto por mortandade produze-se ao bater contra as pás. Este impacto é maior nas aves planeadoras como águias ou buitres. Igualmente, as aves migratórias topam um risco elevado quando voam a baixa altura com o vento em contra.
Quando as pás das turbinas eólicas viram a altas velocidades, a pressão do ar arredor destas muda e aumenta a probabilidade de pássaros e morcegos baterem com estas.
A eletrocução com as linhas elétricas também é importante.
Impacto sobre o meio hídrico
Impactos sobre as águas fluviais trás o arrasto de materiais acumulados durante a fase de obras ou pola erosão ocasionada no movimento de terras. Derramamentos de substâncias nocivas nos labores de limpeza e manutenção ou procedentes da maquinária de obras, óleos, pinturas e hidrocarburos, contaminam as águas superficiais e subterrâneas.
Também se produzem desviações de cursos de água durante a construção dos parques e vias de acesso.
Estranhas casualidades
O desenho da Rede Natura deixa sem proteger muitas áreas que posteriormente seriam Áreas de Desenvolvimento Eólico.
Também há vários casos, como o da Grova, em que os incêndios florestais arrasaram casualmente a superfície, quase exata, onde mais tarde se projetaram os parques eólicos.


Esta invasão de projetos energéticos que pretendem implantar na Galiza basea-se num modelo desenhado a medida das grandes companhias elétricas e da especulação financeira, entrando no jogo empresas oportunistas que nada tinham a ver até agora com a energia eólica.
A Energia como negócio
Esta invasão de projetos energéticos que pretendem implantar na Galiza basea-se num modelo desenhado a medida das grandes companhias elétricas e da especulação financeira, entrando no jogo empresas oportunistas que nada tinham a ver até agora com a energia eólica. (Em Mallorca não há nenhum parque eólico, mas há 190 empresas vinculadas com o setor).
A meirande parte dos 140.000 milhões de euros dos fundos europeios Next Generation serão entregues às empresas energéticas para ampliarem o seu negócio.
Por riba, as políticas do PP e do PSOE, desenharam no Estado, em cumplicidade com as companhias transnacionais do setor, um sistema elétrico libertado que favorece a fraude, a especulação e a espoliação do erário público. Produzindo-se uma gestão da energia opaca, antidemocrática, ineficiente e insustentável.
Fomenta-se a produção desproporcionada de Energia eólica como negócio especulativo das grandes corporações em vez de ser um serviço para a população, que garanta o acesso universal ao subministro elétrico e que seja gerido por organismos públicos para satisfazer as demandas do país, para atingir a soberania energética.
A mudança climática como escusa
As mesmas companhias que se lucravam com as centrais térmicas contaminando gravemente a atmosfera, justificam agora os seus investimentos com a luita contra a mudança climática e a descarbonização.
Invasão de projetos
Na Galiza há mais eólicos instalados que na metade do Estado. Pretendem sacrificar Galiza para outros lugares, onde existe uma grande demanda energética, ficarem sem tocar. Quando o lógico é a energia ser produzida perto de onde se consome.
Galiza está no quarto lugar dentro do estado em produção de energia renovável. Polo contrário, as comunidades que mais consomem estão à cola em produção de energia elétrica. Madrid, por exemplo, está de penúltima, só diante de Ceuta e depois de Melilla. Por este caminho mais do 25% da Energia produzida na Galiza irá cara fora, estando o 98% desta produção em mãos privadas.
Em 2019 havia 180 parques funcionando. O objetivo para o decénio 2020-2030 é de instalar mais do duplo da potência instalada até de agora.
O consumo da Galiza está satisfeito só com a energia renovável produzida hoje em dia.
Dimensão das novas estruturas
Os novos parques projetados são de dimensões muito maiores do que os existentes até agora, o que agrava todos os impactos. Por exemplo, na Grova projetaram-se moinhos com pás de 81,5 m. de longitude, que fazem um diâmetro de giro de 163 m., com um mastro de 148 m. e que dão uma altura total de 229,5 m. Tendo em conta que a altura dos pilares da ponte de Rande são 128 m. estes moinhos seriam quase o duplo em altura, ou tomando como referência a catedral de Compostela que tem 75 m. de alto, estes moinhos seriam mais de tres vezes essa altura. Há moinhos projetados ainda maiores que chegam aos 248 m.
Projetos associados aos parques eólicos
Aparescem projetos de grande impacto como o da central hidroelétrica no alto da Grova a bombear água do mar com os excedentes de energia dos parques. Para este projeto seria preciso fazer uma barragem de 400.000 m2 de superfície.
Alguns projetos, como também na Grova, incluem uma fábrica de betão de 10.000 m2 no alto da serra.
Incumprimentos da legalidade
A Xunta permite o incumprimento da Lei, aceitando projetos de parques eólicos fracionados de jeito fraudulento. O Tribunal Supremo fez firme uma sentença do Tribunal Superior de Xustiza de Galicia onde recolhe a existência de numerosos exemplos de fragmentação fraudulenta de projetos de energia eólica na Galiza.
As subestações tramitam-se por separado quando são indispensáveis para a evacuação, o que também é fracionar.
A Xunta autoriza parques eólicos que a justiça declara ilegais.
Impactos nas economias locais
O desenvolvimento da eólica marinha vai restringir a atividade pesqueira.
Também se vão ver afetadas o 11,5 % das terras de cultivo e muita superfície florestal. O 19,2% de superfície dos Montes Vizinhais em Mão Comum ficariam dentro de polígonos industriais
Impactos sobre a Rede Natura
As Áreas de Desenvolvimento Eólico ocupam 107.000 Ha da Rede Natura. Esta planificação energética fai inviável qualquer ampliação da mesma.
De levar-se a cabo este desenvolvimento eólico levaria por diante os recursos patrimoniais e paisagísticos do contorno duma moreia de espaços naturais da Rede Natura.
Impacto paisagístico
A instalação de parques eólicos, tanto terrestres como marinhos tem um grande impacto paisagístico, tanto polos parques em si, como polas subestações elétricas, as redes de evacuação da energia ou as amplas pistas para poderem subir os grandes camiões com os componentes dos moinhos.
O impacto visual dum parque eólico chega a uns quinze quilómetros, à redonda.
Na Xunta reduzem ao ridículo o ordenamento e a proteção paisagística.
Impactos sobre o solo
A construção de parques eólicos provoca grandes agressões irreversíveis ao meio natural como são a realização de grandes esplanadas (necessitam-se 6.500 m2 de superfície para montar um só gerador, como referência a Praça do Obradoiro tem 6.200 m2), enormes alicerces de ferro e betão onde ancorar os moinhos, voluminosos movimentos de terra, para acondicionamento de pistas e construção de novas vias, construção de subestações e casotas de controlo e desenvolvimento e reforço da rede elétrica com novos traçados.
Amiúde produzem-se derramamentos dos óleos lubrificantes necessários para a manutenção dos aerogeradores, provocando a contaminação do solo.
Impactos sobre o património cultural
Produzem-se graves danos sobre o património cultural, histórico e arqueológico. Este impacto ocasiona-se principalmente durante a fase das obras, deteriorando ou destruindo jazidas arqueológicas de grande valor.
Impactos sobre a qualidade de vida da população próxima
O efeito sombra intermitente provocado polas pás em movimento, os clarões e reflexos provocados pola incidência da luz solar sobre os moinhos, o ruído produzido tanto polo fluxo do vento sobre as pás como o devido aos motores e ventiladores de refrigeração, que persiste incluso quando as turbinas estão paradas, provocam efeitos muito molestos para a população dos arredores.
Também as obras necessárias para a execução das instalações dos parques e os seus acessos ocasionam moléstias sobre os lugares mais próximos, polo trânsito excessivo de veículos e de maquinária pesada, detonações, cortes viais, etc.
Os campos eletromagnéticos associados aos parques eólicos têm potenciais efeitos nocivos sobre as pessoas próximas.
Impactos sobre a fauna
As aves e os morcegos constituem a fauna que mais intensamente se ve afetada, tanto pola existência e funcionamento dos aerogeradores como polas redes elétricas anexas.
O meirande impacto por mortandade produze-se ao bater contra as pás. Este impacto é maior nas aves planeadoras como águias ou buitres. Igualmente, as aves migratórias topam um risco elevado quando voam a baixa altura com o vento em contra.
Quando as pás das turbinas eólicas viram a altas velocidades, a pressão do ar arredor destas muda e aumenta a probabilidade de pássaros e morcegos baterem com estas.
A eletrocução com as linhas elétricas também é importante.
Impacto sobre o meio hídrico
Impactos sobre as águas fluviais trás o arrasto de materiais acumulados durante a fase de obras ou pola erosão ocasionada no movimento de terras. Derramamentos de substâncias nocivas nos labores de limpeza e manutenção ou procedentes da maquinária de obras, óleos, pinturas e hidrocarburos, contaminam as águas superficiais e subterrâneas.
Também se produzem desviações de cursos de água durante a construção dos parques e vias de acesso.
Estranhas casualidades
O desenho da Rede Natura deixa sem proteger muitas áreas que posteriormente seriam Áreas de Desenvolvimento Eólico.
Também há vários casos, como o da Grova, em que os incêndios florestais arrasaram casualmente a superfície, quase exata, onde mais tarde se projetaram os parques eólicos.
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